Economia

O cenário econômico de Dirceu Arcoverde é caracterizado fundamentalmente pelo predomínio de atividades voltadas para os setores primário e terciário. A prestação de serviços como atividade econômica responde sozinha por mais de 50% do Produto Interno Bruto do município, seguida por atividades ligadas a agropecuária, indústria e arrecadação de impostos sobre produtos líquidos. Apesar de ocupar lugar de destaque na economia do município, o número de registro de atividades econômicas formais é consideravelmente baixo, sendo que grande maioria dos trabalhadores atuam como profissionais liberais ou em condições informais de trabalho.

Textura de solo predominante no
município de Dirceu Arcoverde.
Durante meados do século XX, o extrativismo vegetal foi considerado uma das principais fontes de renda na região, com destaque a extração de madeira, lenha e carvão. Contudo, com a desvalorização da atividade e principalmente a execução de medidas ambientais essa técnica de extração econômica decresceu drasticamente em anos posteriores, deixando para trás um rastro de devastação que culminou em drásticas consequências à flora e a fauna local. Na mineração, houve a extração de talco em pedra durante um longo período, porém, os constantes abalos na cotação financeira do mineral levou a indústria mineradora a sofrer fortes crises, intensificadas pelo processo de degradação do ambiente de trabalho, que o tornava mais precário e propicio a ocorrência de acidentes.

A partir dos anos 2014 a região passou a ser alvo de diversas pesquisas que indicaram a ocorrência de minério de ferro no município, principalmente nas regiões sul e noroeste. Hoje, o Monte das Telhas, localizado nos arredores da comunidade de Lagoa do Buraco – segundo maior perímetro urbano do município –, é onde algumas pesquisas indicam haver uma maior concentração desse minério.

Na agricultura destaca-se o cultivo de culturas de milho, feijão e mamona, essa última utilizada principalmente para a produção de biodiesel. Nesse aspecto, destaca-se também a cultura sazonal de mandioca, matéria prima para a produção de tapioca e farinha, elementos típicos da culinária local. Na pecuária, a criação extensiva de caprinos, ovinos, suínos, galináceos e bovino para corte e leite garantem condições básicas de subsistência para o camponês, que ultimamente também vem investindo na prática da apicultura com a criação de abelhas.

Com base em dados levantados pelo Censo 2010, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, em Dirceu Arcoverde a renda per capita bruta anual é de cerca de R$ 3.555,28, que equivale a uma renda per capita mensal média de R$ 296,27. O município possui um Produto Interno Bruto a preço corrente em torno de R$ 22.256,00, desse total 10,82% é proveniente de atividades agropecuárias, 8,95% do setor de indústria, 76,18% do setor de serviços e 4,05% de impostos sobre produtos líquidos. Destaca-se por apresentar uma das melhores rendas per capita da microrregião, ficado atrás somente dos municípios de São Raimundo Nonato e Canto do Buriti.

Em relação à divisão territorial de desenvolvimento, o município está inserido na Macrorregião dos Semiáridos Piauienses, Zona Integrada de Desenvolvimento do Território da Serra da Capivara. A sede do município é cortada pela PI-140, via de jurisdição estadual que contribui para o desenvolvimento econômico e social do município. A rodovia liga o município às cidades de São Lourenço do Piauí e Remanso (Bahia), estendendo-se nesse ultimo caso até a linha limítrofe com município baiano.

Produção Agrícola - Dados IBGE 2011

Produção Pecuária - Dados IBGE 2011